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Depois de ficar por três dias intercalados me deliciando com as poesias desse meu grande amigo e poeta, estou atendendo a seu pedido carinhoso de prefaciar mais essa obra sua: “saudade sentida”. |
O título, por si só, já parece um exceto, é poético. Afinal essa palavra SAUDADE, que não tem tradução ao pé da letra, em nenhum país ou idioma, é uma palavra exclusiva da Língua Portuguesa.
Não que os outros países não tenham esse sentimento que é inerente ao ser humano. O fato é que em outros países não se traduz esse sentimento em uma única palavra como nós, de Língua Portuguesa, o fazemos.
Expressar a melancolia ou tristeza da ausência de alguém, algo ou algum momento de nossas vidas traz a nós todos, o espírito do poeta.
Contudo, expressar esse sentimento em vários temas e situações de nossas vidas é algo que somente o mago das palavras consegue. Sim, para mim que sou fã desse poeta, ele é como o mago das palavras...
Nessa obra, por exemplo, usando a palavra saudade como pano de fundo, ele conseguiu reunir e organizar poesias, poemas e sonetos de forma bem didática e agradável de ler.
Primeiramente ele encartou várias poesias fazendo tributos à criança, trazendo-nos saudade de nosso tempo de criança. Depois fez tributo à Maria, sua mãe, fazendo-nos ver como é a saudade de mãe. Ele não se esquece de fazer tributo ao herói brasileiro, ao palhaço e ao professor, profissão que também exerce.
Fazer tributos a todos esses personagens de nossas vidas e arrancar saudade do leitor é mesmo coisa de mago das palavras.
Depois dos tributos, o poeta com rigor técnico que a atividade exige, nos apresenta uma coleção de sonetos que aborda desde temas políticos, como a democracia, até temas mais íntimos sobre o amor, a vida, a liberdade, aos elementos da natureza, e do dia a dia...
Nesses poemas o poeta consegue nos apresentar o mundo de forma simples e descomplicado e nos alerta que nós, às vezes, complicamos o que é simples.
Depois dos sonetos o mago das palavras volta a nos apresentar mais coleção de poesia somente sobre o amor. Os diversos tipos de amor... Amor a uma mulher (que nos dá saudade da mulher amada e desejada), amor à Pátria, à escuridão que nos perturba com saudades mil, amor às palavras, aos sentimentos, ao jardim e até aos nossos descaminhos.
Com suas palavras, Gilson nos fala da essência e da simplicidade da vida, dos ensinamentos que ela nos dá, de suas exigências; por fim nos fala das divergências da vida.
Sempre tendo a saudade como pano de fundo, no tema Amor ainda nos traz a mente saudades dos nossos jardins, flores, fé, lagrimas, e enfim a saudade sentida.
Recorrendo à melancolia poética o autor faz nos refletir sobre nós mesmos e nosso dia a dia nesse mundo; se deixaremos saudades ou, apenas a levaremos. Tudo vai depender de nosso comportamento, de nosso jeito de viver.
Como não poderia deixar de ser, ainda nos brinda com uma coleção de poesias com critica social, fazendo o leitor refletir sobre suas práticas diárias, individuais e coletivas que separam as pessoas criando verdadeiros abismos sociais, complicando o nosso viver.
Ao fazer poesia sobre o tempo, esse nosso vilão, o mago das palavras o transforma de vilão a nosso aliado. Consegue nos passar a ideia de que ainda dá tempo, que cada dia é mais oportunidade, que há dias bons e ruins, mas há dia.... todavia, todo o tempo é do Pai e Ele nos concede, a cada dia, um dia de graça para usarmos e sermos felizes.
Para fechar essa obra, ele brinca com as palavras apresentando as redundâncias e a rima com como forma de deixar qualquer mensagem mais divertida.
Enfim, é mais uma obra que ficará para a eternidade em nossos corações e quiçá, futuramente ser estudada para compreender o homem do século 21.
Tenho certeza de que todos que lerem essa obra, irão se deleitar com poesias clássicas e bem elaboradas, que somente um mago das palavras pode produzir.
Leoncio Alves de Souza.