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Eles foram responsáveis por moldar nossa cultura. Foram eles quem nos presentearam com sua dança, sua culinária, sua espiritualidade, suas manifestações linguísticas, sua arte e seu modo de vida. O negro é a própria constituição da nação brasileira. Seus costumes foram anexados a outros modelos como o europeu e o indígena, dando origem ao que Darcy Ribeiro (1995) chama de “o povo brasileiro”.
A literatura, o teatro, o cinema e a televisão exploram hoje a identidade, a história e a situação no negro. Há vestígios de sua cultura por toda parte. Pense como seria a gastronomia brasileira se não tivéssemos pratos típicos como a feijoada, o acarajé e o vatapá. Imagine nossas expressões artísticas sem a capoeira, o maculelê, o samba de roda, o maracatu. Além disso, a religiosidade, por mais que seja motivo de preconceito, também se faz presente na cultura do brasileiro.
E o que dizer das palavras de origens africanas, que estão presentes em nosso vocabulário e nem nos damos conta? São inúmeras: abadá, axé, búzios, cantinga, caxumba, farofa, Iemanjá, jagunço, mamulengo, matuto, moleque, quilombo, samba, senzala, e por aí vai. É fato que nosso idioma foi enriquecido pela língua africana trazida e propagada pelos nossos afrodescendentes.
Contudo, o negro ainda não conseguiu conquistar de forma definitiva o seu espaço na sociedade brasileira. Desde a escravidão, período em que era raptado e traficado dos países africanos para trabalhar nos engenhos e nas lavouras de café brasileiras, o negro tem sofrido perseguição social e cultural.