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Adorar o diabo é tarefa difícil, pelo simples fato de sua própria natureza ser um mistério. Quase todos que o evocam o têm como expressão de um arquétipo geralmente Cristão, estereotipado por tal tradição. Chifres e cascos de bode, asas de morcego, bafo de enxofre: assim ele é descrito! Fugir à regra e construir novas representações que o possam acolher a contento é geralmente coisa rara. No mais, o homem tem singrado pelo imaginário medieval mais do que tudo, incapaz de dar um salto na história e se aperceber de que já está no século XXI... Assim, o mito do Adversário é alimentado pela superstição e pela ignorância e, justamente, foram estes dois fatores comuns que o mantiveram vivo até os presentes dias.